Freguesia de Santo António de Monforte – Chaves
Foi uma das vinte e oito freguesias
do concelho de Monforte de Rio Livre, então designada por freguesia de Santo
António de Curral de Vacas. Com a extinção do concelho, pelo governo
Regenerador de 1853, passou a fazer parte do concelho de Chaves.
Perdeu a sua autonomia como freguesia em 1860, vindo a ser integrada na freguesia de Águas Frias, a partir de um de Janeiro de 1861. Aproximadamente um século depois, em 1952, o povo de Curral de Vacas encetou um processo administrativo, com vista à separação da freguesia de Águas Frias, ao mesmo tempo que reivindicou uma nova designação para a freguesia a criar: Santo António de Monforte. Para o efeito invocou razões históricas de pertença a Monforte de Rio Livre e veio a ser, novamente, freguesia autónoma, sob a designação pretendida, em 1960.
Faz parte desta freguesia uma pequena povoação, como nos indica o diminutivo do seu topónimo – Nogueirinhas -, actualmente habitada por nove pessoas.
Foi esta pequenina aldeia que visitei, com o objectivo de rever um templo do século XVII – capela de Santa Luzia – da qual tinha informações que havia sido reconstruida recentemente.
Na descida acentuada de um monte, onde se podem apreciar fragas sobrepostas de belo efeito, surge lá ao fundo um enorme espelho de água, que faz parte da barragem das Nogueirinhas.
Perdeu a sua autonomia como freguesia em 1860, vindo a ser integrada na freguesia de Águas Frias, a partir de um de Janeiro de 1861. Aproximadamente um século depois, em 1952, o povo de Curral de Vacas encetou um processo administrativo, com vista à separação da freguesia de Águas Frias, ao mesmo tempo que reivindicou uma nova designação para a freguesia a criar: Santo António de Monforte. Para o efeito invocou razões históricas de pertença a Monforte de Rio Livre e veio a ser, novamente, freguesia autónoma, sob a designação pretendida, em 1960.
Faz parte desta freguesia uma pequena povoação, como nos indica o diminutivo do seu topónimo – Nogueirinhas -, actualmente habitada por nove pessoas.
Foi esta pequenina aldeia que visitei, com o objectivo de rever um templo do século XVII – capela de Santa Luzia – da qual tinha informações que havia sido reconstruida recentemente.
Na descida acentuada de um monte, onde se podem apreciar fragas sobrepostas de belo efeito, surge lá ao fundo um enorme espelho de água, que faz parte da barragem das Nogueirinhas.
E a coroar a serra do Brunheiro,
logo em frente, vemos o castelo de
Monforte do Rio Livre, com a povoação de Águas Frias, aninhada na sua encosta.
Ao atravessar a barragem e sua
envolvente, avista-se uma fraga no meio da água, na qual assenta uma Cruz. O
símbolo cristão naquele local tão singular, chama a atenção de quem passa e,
naturalmente, se interroga qual a razão: se a simbólica cristianização daquele
espaço ou a memória de uma tragédia ocorrida, aquando da construção
da barragem. Não o sabemos.
Mais dois ou três quilómetros
percorridos e surge, então, à nossa frente o templo de Santa Luzia renovado, mesmo à beira da estrada, junto à placa indicativa da povoação.

Atravessei a pé, creio que a
única rua da aldeia, e avisto um prado relativamente extenso, na encosta de um
monte encimado por frondosas árvores. Várias esculturas de cor branca povoam
fragas, estrategicamente localizadas no monte. No cimo junto às árvores
encontra-se um calvário feito em madeira.

Enquanto observava tão
imprevisível cenário, fui abordada por um simpático senhor, residente e natural
da aldeia, Horácio Teixeira, que, sendo um dos principais entusiastas e
obreiros de tal espaço, me falou da história daquele local. As esculturas dos Santos nas fragas e das ovelhinhas no prado são recentes, do ano
2010. Lembra-se desde menino que naquele local se realizavam missas campais, especialmente
na semana que antecede a Páscoa. Quanto à instalação do calvário referiu que
durante a missa eram colocados panos roxos sobre aquelas cruzes.
Seguidamente disponibilizou-se
para me mostrar a capela de Santa Luzia, já que guardava a chave da mesma e,
dado o entusiasmo como me falava, facilmente me apercebi que foi um dos
responsáveis pela sua reconstrução.
Disse-me que esta foi possível, graças a
contribuições solidárias de emigrantes filhos da terra e alguns residentes na
freguesia. Na última festa do orago, que se realiza a 13 de Dezembro, estiveram
presentes, nas cerimónias religiosas, mais de duzentas pessoas.
Também conhecida por capela das
Nogueirinhas, compõe-se de um corpo único sem sacristia, de configuração
quadrangular e de um alpendre que antecipa a porta principal. A reconstrução
respeitou as linhas interiores e exteriores da capela.
O único altar, onde se
encontra exposto o orago, foi feito à imagem do antigo que, carcomido pelos
anos, se tornou irrecuperável.
O senhor Horácio António Gonçalves Teixeira foi emigrante em
França, durante muitos anos. Regressou recentemente e construiu uma casa na
aldeia, onde vive com a sua esposa.
Um belo post, integrado num excelente blogue.
ResponderEliminarParabéns pelo trabalho.
Cumprimentos,
Armando Sena
Obrigada Armando!
EliminarFelicidades também para si e continuação de um bom trabalho no seu blogue.
Um abraço
Maria Aline