sábado, 23 de dezembro de 2017

Natal 2017



Estranho Menino Deus é o dum poeta!
O que nasce e renasce há muitos anos
Na minha noite de Natal, fingida,
Mal corresponde à imagem conhecida
Das sucursais do berço de Belém.
É uma criança tímida que vem
Visitar os meus sonhos,e, ao de leve,
Com mãos discretas, tece
Um poema de neve
Onde depois se deita e adormece.
(Miguel Torga, Retábulo)


A todos aqueles que por aqui passam, desejo um Santo Natal e Feliz Ano 2018.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Festa de Santa Luzia

Realizou-se mais uma romaria a Santa Luzia, na histórica e renovada capela das Nogueirinhas, pequenina povoação da freguesia de Santo António de Monforte, concelho de Chaves.
Pelo número de pessoas presentes na missa e procissão, verifica-se que as comunidades circundantes depositam muita fé na Santa protectora contra as doenças dos olhos, e o esforço das escassas pessoas que habitam o local, apenas sete actualmente, para manterem os seus costumes e tradições religiosas.
Bem hajam, portanto!
Quanto ao tempo houve frio quanto baste, estando de acordo com o ditado popular "Se não neva em Santa Luzia neva no outro dia".












quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O Outono nas margens do Tâmega

Definitivamente, os flavienses valorizam as margens ribeirinhas muito especialmente nos dias de sol. E com este Outono, sereno e prolongado, torna-se agradável ver as pessoas a passear, ler ou conversar, nas avenidas pedonais. Com o chão semeado de folhas douradas, que se desprendem de árvores bem alinhadas, agora, mais transparentes. O Outono é considerado uma boa estação, para se gozar o sossego e a paz, já que os dias ainda contam com muitas horas de sol.






Jardim Público de Chaves. Novamente sem a escultura de Cândido Sotomaior.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Dia dos Fiéis Defuntos - 2 de Novembro

Neste dia honram-se todos "aqueles que já partiram". Um pouco por todo o País, mantém-se a tradição de visitar os cemitérios, arranjar as campas e prestar homenagem à memória de familiares e amigos. A cerimónia normalmente inicia-se com a celebração da Missa na igreja paroquial, seguida de uma procissão ao cemitério. Em grande parte das localidades, este dia festeja-se por antecipação, no dia 1 de Novembro - Dia de todos os Santos.
Assim aconteceu na aldeia de Lampaça, concelho de Valpaços onde, aos poucos residentes, se juntaram muitas pessoas vindas de fora.




quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Romaria de Nª. Sª. da Saúde - Vale de Janeiro, Vinhais.

Os romeiros que sobem a este monte há muitas gerações, continuarão a fazê-lo pela Fé e, também, pelo encontro e convívio desta grande festa que tem lugar no último domingo de Agosto. Seguindo a tradição aqui se junta muita gente proveniente dos concelhos de Vinhais, Valpaços, Mirandela e Macedo de Cavaleiros. A capela e o santuário de Nª. Sª. da Saúde encontram-se implantados numa crista quartzítica, onde no passado remoto existiu um povoado fortificado, e desenvolvem-se sobranceiramente à aldeia de Vale de Janeiro.
Do alto do monte sacralizado podemos, ainda, desfrutar de um dos mais belos e amplos pontos de observação panorâmica de toda a Terra Fria Transmontana. As elevações montanhosas e ondulantes sucedem-se, a perder de vista, até Espanha. Para nascente a paisagem é dominada pelo Serro de Penhas Juntas e pelo vale do rio Tuela; para poente estende-se o vale do rio Rabaçal e, na mesma direcção, avistam-se as terras de Lomba. Ambos os rios se dirigem para Sul, juntam as suas águas próximo de Mirandela e formam o rio Tua, afluente do Douro.
Ao fundo vê-se a aldeia de Vale de Janeiro
Interior da capela de Nª. Sª. da Saúde
Celebração da Missa no santuário exterior
Andor de Nª. Sª. da Saúde
Vista panorâmica



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Romaria de N.ª S.ª da Ribeira - Lampaça, Valpaços.

É muito antiga a devoção a Santa Maria da Ribeira. Inicialmente a ermida da Reconquista localizava-se na quinta da Ribeira, debruçada sobre o rio Rabaçal, que no século XVIII (1758) já se encontrava completamente despovoada. As Inquirições de D. Afonso III (1258) já localizam aí a igreja de Sancte Marie de Ripária, como sede de uma paróquia devidamente organizada, integrada ao julgado de Rio Livre. Faziam parte desta paróquia as igrejas sufragâneas de Santa Maria (Madalena) de Bouçoais, S. Martinho de Fermil e S. Lourenço de Vilartão. Posteriormente, veio a ser transferida para próximo da aldeia da Lampaça, junto a um importante castro que passou a designar-se, castro de Nossa Senhora da Ribeira. Historicamente o dia do orago é em dois de Fevereiro, o que condiz com a antiguidade do culto embora, desde a segunda metade do século XX, Lhe seja também dedicada a romaria do Verão, sempre realizada no segundo domingo de Agosto.    


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Férias na aldeia. Verão de 2017

É sempre grande o amor à terra onde nascemos. Às pedras e aos caminhos que percorremos na infância.
E pela vida fora, mesmo à distância, continuamos a pertencer a esses lugares, a essas ruas e à sombra dos seus muros.


domingo, 16 de julho de 2017

Castelo de Bragança

O antigo povoado cedo se constituiu numa linha defensiva junto à fronteira, tendo-lhe sido atribuído o primeiro foral no reinado de D. Sancho I, em 1187. A vila já se encontrava totalmente muralhada em 1377.
Deve-se ao rei D. Dinis, nos finais do século XIII, a edificação do primeiro castelo. O monumental conjunto arquitectónico que actualmente podemos apreciar, resultou de obras iniciadas no ano de 1409 que só terminaram 40 anos depois. 
No interior das muralhas destacam-se: a torre de menagem, a igreja de Santa Maria, a "Domus Municipalis" e o pelourinho. 



O castelo de Bragança visto da pousada de S. Bartolomeu.


O povoado dentro das muralhas


Uma das entradas no povoado. 


Torre de menagem onde podem ver-se as armas reais e a janela Manuelina. 


Igreja de Santa Maria, século XVI. Portal barroco com colunas salomónicas.


Interior da igreja, onde sobressai o retábulo Joanino da capela-mor, datado de 1580.


Monumento singular de arquitectura românica civil. No piso inferior existe uma cisterna. 

Piso superior conhecido por "Casa da Câmara", ou assembleia de "homens-bons".

Pormenor do interior.

Pelourinho, símbolo do poder concelhio. Pode ver-se uma figura zoomórfica proto-histórica, popularmente designada por "porca da vila".